Hoje o Nosso Blog Futebol O jogo, traz pra você uma entrevista especial com o Ex-Diretor Adjunto de Futebol do São Paulo, Kalef João Francisco, Sr. Kalef como é conhecido participou da diretoria de futebol de 1990 a 1994 períodos de muitos títulos Sob Comando de Telê.
Nessa entrevista Sr. Kalef fala sobre o passado, Sobre Juvenal, contratação de Juninho Pernambuncano, presente e o futuro do tricolor nas eleições de abril.
Acompanhe.
Futebol o Jogo - É verdade que o Senhor chegou a ser jogador profissional, é daí que vem o Amor pelo futebol?
Sr Kalef - Fui profissional em Joinville o então Caxias F.C hoje Joinville E C, resultado da fusão de Caxias e América que eram rivais históricos, mas a necessidade de sobrevivencia obrigou a se juntarem.
Naquele tempo final de 50 e começo de 60 existiam apenas 3 categorias: Titular - aspirante e juvenil.
Em 59 com 17 anos fui campeão Joinvillense e vice campeão catarinense. Na verdade eu era o reserva das cinco posições do ataque e jogava esporadicamente no time titular, preferia jogar na preliminar onde eu era o "dono" do time.
Com absoluta certeza eu seria titular hoje em qualquer time do Brasil. Desculpe a imodestia eu era craque, mas parei com 18 anos por problemas visuais e mais ainda porque minha mãe não gostava que eu jogasse futebol.
Jogador de futebol era mal visto pela sociedade e nossa familia tinha algum destaque na então provinciana Joinville.
Cheguei em São Paulo em 1967 e cheguei a jogar na varzea no time do Marcos Bassi, hoje famoso na gastronomia.
Nunca deixei de amar o futebol e cheguei a ser campeão no São Paulo, no campeonato social.
Naquele tempo final de 50 e começo de 60 existiam apenas 3 categorias: Titular - aspirante e juvenil.
Em 59 com 17 anos fui campeão Joinvillense e vice campeão catarinense. Na verdade eu era o reserva das cinco posições do ataque e jogava esporadicamente no time titular, preferia jogar na preliminar onde eu era o "dono" do time.
Com absoluta certeza eu seria titular hoje em qualquer time do Brasil. Desculpe a imodestia eu era craque, mas parei com 18 anos por problemas visuais e mais ainda porque minha mãe não gostava que eu jogasse futebol.
Jogador de futebol era mal visto pela sociedade e nossa familia tinha algum destaque na então provinciana Joinville.
Cheguei em São Paulo em 1967 e cheguei a jogar na varzea no time do Marcos Bassi, hoje famoso na gastronomia.
Nunca deixei de amar o futebol e cheguei a ser campeão no São Paulo, no campeonato social.
Futebol o Jogo - Quando foi seu início no São Paulo FC, a família é toda Tricolor?
Sr Kalef - Fiquei sócio do São Paulo em 1977 e me tornei conhecido a ponto de ter sido conselheiro de 86 e 90 e diretor adjunto de futebol na gestão inteira do Pimenta e um pouco na gestão do Fernando Casal.
No seio da minha familia prevalece a "democratura" onde os filhos podem escolher qualquer time desde que seja o São Paulo. Deixando a brincadeira de lado meus dois filhos (Juliana e Ricardo) além de serem inteligentes têm bom gosto, razão pela qual ambos são são paulinos.
No seio da minha familia prevalece a "democratura" onde os filhos podem escolher qualquer time desde que seja o São Paulo. Deixando a brincadeira de lado meus dois filhos (Juliana e Ricardo) além de serem inteligentes têm bom gosto, razão pela qual ambos são são paulinos.
Futebol o Jogo - No início dos anos 90 quando o Senhor foi Diretor de futebol, é verdade que Telê vetou as contratações de Ronaldo e Juninho Pernambucano? Além dessas teve mais alguma história curiosa desta época?
“Gostaria que contasse como foram essas negociações já ouvi que o Sr. estava na casa da noiva do Juninho na hora do veto rsrsrs...”
Sr Kalef - Quando passava férias em Recife, onde tenho inumeros amigos, arrumei um jeito de me contatar com o Juninho que estava na casa da noiva. Conversamos e ele disse que havia feito um contato com o Vasco, mas não tinha ainda nenhum compromisso firmado. Falei com o Telê e ele como sempre argumentava que primeiro iria ver se tinha alguem na base.
Com não demonstrou grande interesse deixei a coisa esfriar.
Com o Ronaldo fenômeno a coisa não evolui porque os empresários Alexandre Martins e Reinaldo Pitta pediram US$ 15.000,00 e um participação de 50% nos direitos federativos.
Como haviamos herdado um São Paulo sem dinheiro do Juvenal Juvencio, o presidente Pimenta não quiz "arriscar" porque na situação que estavamos qualquer dinheiro faria falta.
Com o Ronaldo fenômeno a coisa não evolui porque os empresários Alexandre Martins e Reinaldo Pitta pediram US$ 15.000,00 e um participação de 50% nos direitos federativos.
Como haviamos herdado um São Paulo sem dinheiro do Juvenal Juvencio, o presidente Pimenta não quiz "arriscar" porque na situação que estavamos qualquer dinheiro faria falta.
"...Morumbi já era um jogo de cartas marcadas..."
Futebol o Jogo - Como foi a confusão com Edmundo, todos acharam que ele estava discutindo com Telê, mas era com o Senhor?
Sr Kalef - Naquele jogo o emocional do Edmundo não estava legal. No comecinho do jogo ele já tinha discutido com o Luxemburgo que era o técnico do Palmeiras. Depois ele pegou forte um jogador do São Paulo e eu reclamei e ele retrucou aí começou o bate boca.
Instantes depois ele deu outra pegada forte originando aquele conflito generalizado.
O Edmundo era intempestivo, mas decente, pois fazia as coisas às claras e não era dissimulado. Quando fui jogador também era genioso.
Futebol o Jogo - Naquela época a relação do São Paulo com clubes e federações já não era fácil, mas parece que vocês sabiam lidar melhor com essas adversidades. Como era dobrar a federação Paulista, após os vários ataques de Telê contra Farah?
Sr Kalef - Nosso relacionamento com a CBF e FPF era cordial. A diretoria brigava muito mas nos gabinetes. O Telê é que reclamava muito via imprensa e isso nos causava alguns problemas que eram sanados de pronto com visitas que faziamos costumeiramente ao DR.Farah e Dr Ricardo Teixeira.
Futebol o Jogo - Qual a analise que o senhor faz das perdas que o clube teve com as atitudes do atual governo?Com mais política seria possível sediar os jogos da Copa de 2014?
Sr Kalef - Entendo que não se deva brigar com os poderes constituidos via imprensa. Devemos, todavia, questionar sempre que necessário pessoalmente.
Quanto a abertura do mundial no Morumbi já era um jogo de cartas marcadas. O nosso estadio não seria o escolhido. Entendo que o Juvenal tomou uma bola nas costas quando acreditou na possibilidade, embora eu acredite que o Morumbi ainda possa receber algum jogo por falta de opção e somente por isso.
Futebol o Jogo - Nos outros clubes vemos que a oposição parece torcer contra e até agir contra. Por que no São Paulo isso não acontece?
Sr Kalef - A oposição, independente de quem está no poder, se não puder ajudar, pelo menos tem o cuidado de não atrapalhar.
"Deveriamos ter privilegiado a qualidade e não a quantidade."
Futebol o Jogo - Qual a relação da oposição com a situação no clube?
Sr Kalef - O regime do São Paulo é presidencialista, portanto o presidente tem plenos poderes e como o numero de Conselheiros oposicionistas é pequeno pouco pode fazer.
Futebol o Jogo - Casal Del Rey é o nome para presidente? Se for, vocês não têm medo que a falta de títulos da gestão anterior de Fernando reflita com uma imagem de derrotado para a torcida?
Sr Kalef - Participamos de um jantar recentemente e tentamos convencer o Fernando que ele seria uma ótima opção para as proximas eleições em abril do proximo ano uma vez que o colegio eleitoral já está definido.
O Fernando tem bom transito junto a situação portanto seria um nome palatável. Ele não teve a sorte de conquistar titulos mas a recuperação do estádio que era mais que necessário foi mérito dele.
Futebol o Jogo - Em caso de vitória o senhor voltaria ao comando do futebol? Qual seria a linha de atuação para o Futebol?
Sr Kalef - A diretoria de futebol que o Pimenta e o Fernando montaram, continua unida, sempre nos encontramos e se for conveniente para o São Paulo ninguem se furtará em colaborar.
Diria que o sucesso da diretoria de futebol capitaneada pelo Fernando, foi a delegação de poderes onde todos tinham liberdade de atuação, desde que prevalecesse o bom senso e ninguem tinha a vaidade de ser o autor. Se algo desse errado tinhamos o respaldo do Fernando.
Futebol o Jogo - Qual foi o grande erro de planejamento do futebol nesses dois últimos anos?
Sr Kalef - Entendo que contratamos jogadores em demasia. Deveriamos ter privilegiado a qualidade e não a quantidade.
Futebol o Jogo - Não acha arriscado colocar os garotos da base nesse momento de crise e queimar as promessas?
Sr Kalef - Os meninos de hoje já estão escaldados e capazes de levantar a cabeça e partir para outra depois de uma atuação malograda.
Futebol o Jogo - Deixe um recado aos Tricolores.
Sr Kalef - Torcedor acredite sempre no São Paulo. Nem sempre é possivel vencer. Com certeza em breve teremos novas conquistas para alegria de todos nós.
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